Dortmund arrasa Real Madrid

O Borussia Dortmund ficou esta quarta-feira muito perto de garantir uma final 100 por cento alemã na Liga dos Campeões. A jogar em casa, a equipa de Jürgen Klopp esmagou o favorito Real Madrid, com uma superioridade em tudo semelhante àquela que na véspera o Bayern de Munique cilindrou o Barcelona. Ganhou por 4-1, com quatro golos de um super Lewandowski, e só o golo de Cristiano Ronaldo mantém uma ténue esperança entre os madrilistas em dar a volta daqui a uma semana.

Em dois dias seguidos, equipas alemãs mostraram como se goleiam as melhores formações espanholas. É a jogar com mais velocidade, com mais determinação, com mais vontade, com futebol mais simples. E com uma alegria de jogar à bola como não se via há muito. Este Dortmund e este Bayern são um colírio para os olhos de quem gosta de ver futebol na sua essência mais pura. Sem artifícios, sem individualismos. É um jogo absolutamente coletivo, que ao sê-lo faz sobressair os seus intérpretes.

O Borussia foi sempre superior desde o início do jogo - em especial na segunda parte, verdadeiramente demolidora. Os seus homens da defesa eram sempre mais rápidos que as estrelas do Real; os do meio-campo ganhavam quase todas as bolas divididas; e os da frente faziam gato-sapato de Pepe e Varane, que nunca conseguiram parar Götze e Lewandowski.

José Mourinho, que não se tem cansado de avisar desde o início da época que este Dortmund é candidato ao título europeu, bem tentava acalmar os seus jogadores. Mas o adversário deu-lhe razão e foi uma locomotiva de grande intensidade de início ao fim. Um golo na primeira parte e três na segunda foram o pecúlio, que poderia ter aumentado. Valeu a qualidade de Diego Lopez na baliza para o resultado não ser ainda mais desnivelado. E valeu também um erro do árbitro, que não viu uma grande penalidade clara cometida sobre Reus aos 42 minutos.

Dos portugueses, pouco a dizer. Cristiano Ronaldo tentou, mas raramente teve espaços – marcou um golo algo fortuito, mas que mantém as ilusões espanholas. Fábio Coentrão esteve melhor a atacar do que a defender. Pepe foi uma sombra do jogador que é. O primeiro golo, e com ele o descalabro, começou numa falha dele.

Por aquilo que se viu hoje e ontem, caso Bayern ou Dortmund ganhem a Liga dos Campeões, a taça não poderia ficar melhor entregue. E é o futebol que estará de parabéns.

Dortmund 4-1 Real Madrid
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1-0 Lewandowski, 8’
1-1 Cristiano Ronaldo, 43’
2-1 Lewandowski, 50’
3-1 Lewandowski, 55’
4-1 Lewandowski, 67’ gp

Borussia Dortmund: Weidenfeller; Subotic, Hummels, Piszczek (Grosskreutz , 83’) e Schmelzer; Bender, Gündogan (Schieber, 90’+1’), Reus e Blaszczykowski (Kehl, 82’); Götze e Lewandowski.
Suplentes: Langerak, Felipe Santana, Leitner, Nuri Sahin, Grosskreutz e Schieber.

Real Madrid: Diego López; Sérgio Ramos, Varane, Pepe e Fábio Coentrão; Khedira, Xabi Alonso (Kaká, 80’), Modric (Di Maria , 69’) e Özil; Cristiano Ronaldo e Higuaín (Benzema, 69’).
Suplentes: Casillas, Albiol, Nacho, Kaká, José Callejón, Di María e Benzema.